quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Ética e Transparência nas Eleições





revistanordeste.com.br

O momento é de total sensibilização para a vivência e cobrança da Ética e Transparência. Segundo a professora Maria Cecília Coutinho de Arruda da Fundação Getúlio Vargas, o movimento de governança coorporativa propiciou a formação de profissionais que administram a ética da organização. São denominados gerentes de ética e ‘compliance’, gozam de uma independência em relação a outras áreas. De modo que podem definir, junto à alta administração, procedimentos e tratamento de problemas éticos da empresa, do setor, do relacionamento com o governo, clientes, fornecedores e com os próprios funcionários. De acordo com seu raciocínio esta é uma atividade que demanda bons profissionais no mercado e, em vez de simples recrutadores de funcionários, os responsáveis pelos recursos humanos ganharam status de profissionais essenciais no dia a dia da empresa.


As empresas multinacionais em geral têm um profissional ou uma equipe responsável por programas de ética confeccionados pela matriz e seriamente gerenciados pelas filiais. A preocupação com reputação e práticas transparentes tem crescido na medida em que os escândalos aparecem em todos os países do mundo.

Partindo deste princípio é que em minhas reflexões vejo-me pesarosa assistindo nossos candidatos se degladiando em suas plataformas políticas. Tomarei aqui por exemplo “Jesus”. Para mim ele era um político nato. Jamais precisou impor seus pontos de vista para se fazer entender e arrastar multidões. Havia segurança e firmeza na defesa de seus argumentos, pois além de ser um homem íntegro sabia entender as fraquezas humanas.

Fico mais desiludida ainda quando assisto na televisão um festival de baixarias nos argumentos eleitoreiros. Não há compromisso de campanha e, sim, troca de ofensas e lavação de roupa suja. E o que mais me deixa entristecida é assistir meus amigos escritores e poetas desperdiçando os seus dons doados por Deus, tentando coagir na força das palavras, a opinião de seus amigos de jornada, deixando suas amizades e ideais de lado quando não satisfazemos as suas vontades.

Num país “democrático” onde votamos porque o voto é “obrigatório”, devo confessar que me sinto em plena ditadura. Esta obrigação faz-se necessária porque eles sabem que se assim não o fosse, muita gente não compareceria às urnas e por um motivo bem simples: Além de não haver interesse por parte dos eleitores, existe a cultura corrupta de nossos “irmãos”. Alguns não votariam porque são totalmente despreparados e votam por votar. Não conhece a história dos candidatos nem o desenrolar da histórica dos nossos políticos e da nossa pátria. Pensando realisticamente, o que poderíamos esperar do nosso povo inculto – o que justifico pela falta de interesse dos nossos governantes que o mesmo não se instrua para ser manipulado mais fácil – quando os próprios candidatos não possuem dignidade, ética, compromisso e transparência.

O que assistimos são acusações e joguinhos baratos onde deveriam apenas mostrar a que vieram e o que fariam caso fossem eleitos.

Isto é que é “Democracia?”

Meu voto? Não interessa! Não falo pois estou cansada de ver pessoas tentando me dizer o que é certo e o que é errado. Não adianta me torturar. Este método faz parte dos tempos da ditadura que há muito já não existe mais. Vivemos neste país democrático. Pelo menos foi isso que ouvi falar...

Nossos candidatos deveriam tomar aulas com a professora da Fundação Getúlio Vargas!



Rose de Castro
Escritora, Ghost Writer e Poeta

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Direção Defensiva


Se um cara forçar a barra para ultrapassar, fique na sua. Continue firme em seu propósito. Após a ultrapassagem, ele vai te empurrar, mas como você é um cidadão: “Fique na sua!”.

Depois de ter te ultrapassado e te empurrado, mais à frente, ele te xingou e aproveitou incluiu sua mãe também. Lembre-se: “Fique na sua!”.

Ao fim de tudo isto, lá no fim do beco (porque você errou o caminho?), onde não há mais para onde ir, o cidadão honesto olhou pro lado. Inútil. Só restavam urubus esperando a cesta. Um sujeito sacou uma pistola. Mais do que nunca, lembre-se: “Fique na sua, afinal, você não tem porte de arma.”.

Continue na sua Defensiva e respeite a placa de proibido estacionar. Estacione mais à frente.

O sujeito que te ultrapassou, empurrou, xingou você e sua sagrada mãe, mostrou-lhe uma arma que você não sabe de quem é - porque neste instante você está quase morto- e te olha com sangue na garganta. Você é um bandido e ultrapassou a fronteira! É o direito dele. A vantagem e a lei também. O seu destino sabe-se lá qual é. Por enquanto, você ainda vive... Sorria e lembre-se da educação no trânsito. Mas... Que trânsito? Não importa. Você é um cidadão brasileiro.

Mas continue na sua, senão além de morrer, não terá direito à lei dos humanos, que se intitula Lei dos Direitos Humanos. Claro que você sabe, pois é um exemplo de cidadania.

Agora, você descansando pra sempre, como um anjo, dorme tranqüilo: Não violou o código penal. Parabéns, Brasileiro! Você é mais um honesto que acredita na justiça. Aguarde no céu. Como diz o ditado: A justiça tarda mas não falha, ainda que no céu.

Mais uma vez, Parabéns. Você acreditou no ditado e continua feliz subindo sem seu carrinho zero pro céu, aguardando a tal da lei do retorno, que virá... Junto com seu atestado de óbito.

Rose de Castro

Escritora, Ghost Writer e Poeta


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