sábado, 27 de novembro de 2010

GHOST WRITER: Mega Operação na Vila Cruzeiro

GHOST WRITER: Mega Operação na Vila Cruzeiro: "A audácia dos traficantes no emprego da violência e no uso de armas pesadas não é uma novidade no cotidiano da população do Rio de Jane..."

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Mega Operação na Vila Cruzeiro


A audácia dos traficantes no emprego da violência e no uso de armas pesadas não é uma novidade no cotidiano da população do Rio de Janeiro. Porém, para especialistas, a contundência da resposta do Estado à série de ataques orquestrada por facções "Foram chamados agentes de todo o Estado, policiais civis e militares em férias, em folga e licenciados. A mega operação também foi orquestrada pela ajuda do pessoal do Bope, Fuzileiros Navais e Paraquedistas.


A Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro disse que os atentados contra, principalmente, a rede de transporte público e veículos privados ocorreram em represália à instalação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) em favelas da capital carioca, um processo iniciado em dezembro de 2008

Com a expulsão dos líderes do tráfico do Rio e a implantação das UPPs, o crime está migrando para cidades serranas, norte fluminense, Região dos Lagos e Baixada Fluminense. O fenômeno tem sido debatido pelos governos municipais, mas ainda não foram anunciadas medidas para combatê-lo.

Os ataques tiveram início na tarde de domingo, dia 21, quando seis homens armados com fuzis abordaram três veículos por volta das 13h na Linha Vermelha, na altura da rodovia Washington Luis. Eles assaltaram os donos dos veículos e incendiaram dois destes carros, abandonando o terceiro. Enquanto fugia, o grupo atacou um carro oficial do Comando da Aeronáutica (Comaer) que andava em velocidade reduzida devido a uma pane mecânica. A quadrilha chegou a arremessar uma granada contra o utilitário da Doblò. O ocupante do veículo, o sargento da Aeronáutica Renato Fernandes da Silva, conseguiu escapar ileso. A partir de então, os ataques se multiplicaram.

Na segunda-feira, cartas divulgadas pela imprensa levantaram a hipótese de que o ataque teria sido orquestrado por líderes de facções criminosas que estão no presídio federal de Catanduvas, no Paraná. O governo do Rio afirmou que há informações dos serviços de inteligência que levam a crer no plano de ataque, mas que não há nada confirmado. Na terça, a polícia anunciou que todo o efetivo foi colocado nas ruas para combater os ataques e foi pedido o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para fiscalizar as estradas.

Na quarta-feira, o governo do Estado transferiu oito presidiários do Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio, para o Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná. Eles são acusados de liderar a onda de ataques.

Na quinta-feira, a polícia confirmou que nove pessoas morreram em confronto na favela de Jacaré, zona norte do Rio. Durante o dia, 200 policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) entraram na vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, na maior operação desde o começo dos atentados. Os agentes contaram com o apoio de blindados fornecidos pela Marinha. Quinze pessoas foram presas ao longo do dia e 35 veículos, incendiados.

Durante a noite, 13 presidiários que estavam na Penitenciária de Segurança Máxima de Catanduvas, no Paraná, foram transferidos para o Presídio Federal de Porto Velho, em Rondônia. Entre eles, Marcinho VP e Elias Maluco, considerados, pelo setor de inteligência da Secretaria Estadual de Segurança, diretamente ligados aos atos de violência ocorridos nos últimos dias

O Deputado Antonio Carlos Biscaia classifica de "desastrosa" a política de segurança do Rio de Janeiro entre 1983 a 2007. Segundo ele, havia conivência com o comando territorial pelo tráfico e razões de natureza política que implicavam a ausência da ação do estado em áreas do estado. Segundo ele, havia na cúpula da polícia pessoas envolvidas e com ligações com o tráfico e a postura era de que não podia se realizar ações em certas áreas e confessa que como procurador do estado ouviu muita gente dizendo: 'não vamos poder fazer operação aqui ou ali', isso por razões de conivência e também de natureza política, para não perder voto.

Com a gestão do política governador Sérgio Cabral, a política mudou. Biscaia elogiou também a atuação do secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, e afirma que as ações desta semana mostram o “desespero” dos traficantes.

De acordo com Beltrame, o crime está desesperado porque nunca foi enfrentado e as ações que usam são para gerar pânico e é para fazer com que as autoridades de segurança recuem. Para o Secretário, em certos momentos, os confrontos são inevitáveis, e a política tem de ser mantida.

O Senador Francisco Dornelles afirma que o governador Sergio Cabral não vai recuar da sua política de acabar com o domínio do tráfico no estado do Rio de Janeiro. Ele tem demonstrado coragem e capacidade gerencial. Ele instalou as UPPs e, à medida que os bandidos sentem avanço resolveram fazer uma guerra, uma ameaça. Ele vai dar continuidade à guerra ao tráfico, afirmou o senador.

Dornelles disse ser importante a ajuda da Marinha nas operações e defendeu que se faça uma política de combate à entrada de armas e drogas pelas fronteiras.

Para Renato Casagrande, Senador do Espírito Santo, os conflitos no Rio de Janeiro mostram a força da criminalidade e a necessidade de se continuar com políticas de enfrentamento. Segundo ele, Isso mostra a força da criminalidade. Todo mundo está avaliando isso como uma reação a um programa mais forte de enfrentamento ao crime. Este é um caminho sem volta, não pode ter recuo, não pode ter retorno. Todos devemos estar atentos porque qualquer estado pode sofrer este tipo de ação.

Eu, moradora do Rio de Janeiro, aplaudo a operação sincronizada e a constante prudência com que estão agindo, na medida do possível, em se tratando de uma guerra deste nível. Elogio a parceria de todas as Forças e da Sociedade, que cansada de tanto sofrimento também tem apoiado e denunciado as ações dos bandidos, pois necessitamos a “Liberdade e a Paz.”

Esta sim é uma verdadeira operação: Cautelosa e estrategicamente montada.



Rose de Castro

Escritora, Ghost Writer e Poeta



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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Ética e Transparência nas Eleições





revistanordeste.com.br

O momento é de total sensibilização para a vivência e cobrança da Ética e Transparência. Segundo a professora Maria Cecília Coutinho de Arruda da Fundação Getúlio Vargas, o movimento de governança coorporativa propiciou a formação de profissionais que administram a ética da organização. São denominados gerentes de ética e ‘compliance’, gozam de uma independência em relação a outras áreas. De modo que podem definir, junto à alta administração, procedimentos e tratamento de problemas éticos da empresa, do setor, do relacionamento com o governo, clientes, fornecedores e com os próprios funcionários. De acordo com seu raciocínio esta é uma atividade que demanda bons profissionais no mercado e, em vez de simples recrutadores de funcionários, os responsáveis pelos recursos humanos ganharam status de profissionais essenciais no dia a dia da empresa.


As empresas multinacionais em geral têm um profissional ou uma equipe responsável por programas de ética confeccionados pela matriz e seriamente gerenciados pelas filiais. A preocupação com reputação e práticas transparentes tem crescido na medida em que os escândalos aparecem em todos os países do mundo.

Partindo deste princípio é que em minhas reflexões vejo-me pesarosa assistindo nossos candidatos se degladiando em suas plataformas políticas. Tomarei aqui por exemplo “Jesus”. Para mim ele era um político nato. Jamais precisou impor seus pontos de vista para se fazer entender e arrastar multidões. Havia segurança e firmeza na defesa de seus argumentos, pois além de ser um homem íntegro sabia entender as fraquezas humanas.

Fico mais desiludida ainda quando assisto na televisão um festival de baixarias nos argumentos eleitoreiros. Não há compromisso de campanha e, sim, troca de ofensas e lavação de roupa suja. E o que mais me deixa entristecida é assistir meus amigos escritores e poetas desperdiçando os seus dons doados por Deus, tentando coagir na força das palavras, a opinião de seus amigos de jornada, deixando suas amizades e ideais de lado quando não satisfazemos as suas vontades.

Num país “democrático” onde votamos porque o voto é “obrigatório”, devo confessar que me sinto em plena ditadura. Esta obrigação faz-se necessária porque eles sabem que se assim não o fosse, muita gente não compareceria às urnas e por um motivo bem simples: Além de não haver interesse por parte dos eleitores, existe a cultura corrupta de nossos “irmãos”. Alguns não votariam porque são totalmente despreparados e votam por votar. Não conhece a história dos candidatos nem o desenrolar da histórica dos nossos políticos e da nossa pátria. Pensando realisticamente, o que poderíamos esperar do nosso povo inculto – o que justifico pela falta de interesse dos nossos governantes que o mesmo não se instrua para ser manipulado mais fácil – quando os próprios candidatos não possuem dignidade, ética, compromisso e transparência.

O que assistimos são acusações e joguinhos baratos onde deveriam apenas mostrar a que vieram e o que fariam caso fossem eleitos.

Isto é que é “Democracia?”

Meu voto? Não interessa! Não falo pois estou cansada de ver pessoas tentando me dizer o que é certo e o que é errado. Não adianta me torturar. Este método faz parte dos tempos da ditadura que há muito já não existe mais. Vivemos neste país democrático. Pelo menos foi isso que ouvi falar...

Nossos candidatos deveriam tomar aulas com a professora da Fundação Getúlio Vargas!



Rose de Castro
Escritora, Ghost Writer e Poeta

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Direção Defensiva


Se um cara forçar a barra para ultrapassar, fique na sua. Continue firme em seu propósito. Após a ultrapassagem, ele vai te empurrar, mas como você é um cidadão: “Fique na sua!”.

Depois de ter te ultrapassado e te empurrado, mais à frente, ele te xingou e aproveitou incluiu sua mãe também. Lembre-se: “Fique na sua!”.

Ao fim de tudo isto, lá no fim do beco (porque você errou o caminho?), onde não há mais para onde ir, o cidadão honesto olhou pro lado. Inútil. Só restavam urubus esperando a cesta. Um sujeito sacou uma pistola. Mais do que nunca, lembre-se: “Fique na sua, afinal, você não tem porte de arma.”.

Continue na sua Defensiva e respeite a placa de proibido estacionar. Estacione mais à frente.

O sujeito que te ultrapassou, empurrou, xingou você e sua sagrada mãe, mostrou-lhe uma arma que você não sabe de quem é - porque neste instante você está quase morto- e te olha com sangue na garganta. Você é um bandido e ultrapassou a fronteira! É o direito dele. A vantagem e a lei também. O seu destino sabe-se lá qual é. Por enquanto, você ainda vive... Sorria e lembre-se da educação no trânsito. Mas... Que trânsito? Não importa. Você é um cidadão brasileiro.

Mas continue na sua, senão além de morrer, não terá direito à lei dos humanos, que se intitula Lei dos Direitos Humanos. Claro que você sabe, pois é um exemplo de cidadania.

Agora, você descansando pra sempre, como um anjo, dorme tranqüilo: Não violou o código penal. Parabéns, Brasileiro! Você é mais um honesto que acredita na justiça. Aguarde no céu. Como diz o ditado: A justiça tarda mas não falha, ainda que no céu.

Mais uma vez, Parabéns. Você acreditou no ditado e continua feliz subindo sem seu carrinho zero pro céu, aguardando a tal da lei do retorno, que virá... Junto com seu atestado de óbito.

Rose de Castro

Escritora, Ghost Writer e Poeta



domingo, 5 de setembro de 2010

A Festa de Ícaro

pesquisaeeducacao.blogspot.com

Aninha estava eufórica. Soube pelos corredores do Curso de Inglês que haveria uma festa na Pedra da Gávea e o patrocinador do evento era Ícaro, o homem das asas voadoras.
- Também quero participar da festa das asas... – falou Aninha para seu colega de turma.
- Pode não, Aninha... Só vai quem tiver asas para poder saltar lá de cima...
- E como posso conseguir estas tais asas?
- Não pode. Só Ícaro tem as asas e seus convidados já estão contados e com suas asas guardadas na casa dele.
- E você vai?
- Eu? Eu não... Não fui convidado, Aninha... quem vai se importar conosco?
- Ora, professor! O Senhor É o melhor professor daqui... fez mestrado fora, e lhe acho “maior fera”, além de amigo de todos os alunos e não é a toa que foi convidado para ser o paraninfo dos alunos...
- Obrigado, Aninha. Só que isso não me dá o direito de querer participar da Festa.
- O Sr não gosta de Asa Delta, Prof. Gusmão?
- Hummm... Nunca voei. Não gosto muito de alturas...
- E não gostaria de experimentar?
- Nem pensei nisso. Mas acredito que seria um desafio...
- Igual à Física, não?
- É – sorriu com um sorriso largo –. Preciso terminar minha matéria, Aninha...
- Tá bom. Vou indo...

Aninha não se deu por satisfeita. Também fazia parte do Grupo do Curso. Ela era quem tirava as melhores notas. Era ela quem organizava as festas; que ajudava na faxina quando tudo acabava; que guardava todos os apetrechos isolados em papel especial. Era ela quem organizava as listas e estava sempre por perto para ajudar os professores. Não entendia por que não podia participar da festa e nem por que ninguém havia se lembrado dela, afinal ela era requisitada para tudo. Era ela quem trabalhava pela Escola com sua dedicação e desprendimento. Fazia por gosto. Amava seu Curso e amigos. Os professores eram atenciosos com ela e o Diretor... Esse era o seu Anjo da Guarda. Todos que ali participavam com ela do dia-a-dia tumultuado, inclusive os funcionários, faziam parte de uma grande família.

Resolveu falar com Ícaro - o homem das asas e Diretor da Escola - pessoalmente. Encheu-se de coragem, deu um capricho nos cabelos e lá se foi ela.

Bateu na porta da Diretoria e escutou a voz do homem-pássaro ressoar: “Entre!”.

- Bom dia, Senhor Diretor!
- Bom dia, Aninha. Algum problema?
- Problema não. Vim falar com o Senhor sobre um assunto...
- Pode falar, Aninha.
- É que eu soube que vai haver uma festa na Pedra e que só irá participar quem tiver asas...
- Sim... E daí?
- É que desde criança que sonho em voar pelos céus... sentir o vento balançando o meu corpo...a liberdade total...por isso que vim aqui lhe pedir que me deixe participar da Festa.
- Sinto muito, Aninha. Só tenho 10 asas preparadas e elas já têm dono.
- Não tem como arrumar uma pra mim? Eu espero alguém saltar e depois, no final, eu pego emprestado e salto.
- Mas tem que ter instrutor, Aninha. Você não poderá saltar sozinha.
- E não pode ser o mesmo instrutor dos outros?
- Não, Aninha. Eles pagaram o instrutor...
- E o Senhor não é amigo do instrutor?
- Sou
- Então!? Não pode pedir a ele?
- Não Aninha. Sinto muito.

Aninha saiu da sala com o coração apertado. Não sabia como tinha conseguido segurar o choro e a decepção. Todos do Curso presenciaram sua amargura. Ninguém jamais tinha visto a menina Ana daquele jeito. Estava sempre sorridente, solícita e gentil. Era bolsista. Foi o Diretor Camargo que a ajudou quando a conheceu rondando o Curso e fazendo perguntas à Secretária. Gilda conversou um pouco com ele sobre Aninha. Achava a menina inteligente e poderia ajudar também na Secretaria como uma recompensa pela bolsa. Gusmão também gostou dela, mas não havia mais bolsas para oferecer e então decidiu que ela estudaria e em troca daria sua contribuição na ajuda à Secretaria.

Não era uma cena agradável de se ver a desilusão de Aninha, principalmente por vir do rosto da menina alegre e feliz, tamanha melancolia.

Aninha foi para casa e chorou durante toda a noite. Sabia que o Diretor não tinha como arranjar as asas pra ela, mas ao mesmo tempo, seu coração chorava sua primeira e grande desilusão. Seu sonho de pássaro havia acabado e doía muito. Uma dor insistente. Uma dor de perda. Uma dor de parto, mas parto de ida e não de feto.

Chegou o dia da tão esperada Festa da Pedra. Como sempre, Aninha fora requisitada para ajudar na organização da festa. E ela foi. Triste, mas foi. E cumpriu seu papel. O Diretor para recompensá-la permitiu que ela assistisse os saltos lá do alto da Pedra.

Todos se prepararam e, um a um, foram saltando. Voando como desejava Aninha. Ela ficou acompanhando com seus olhos atentos e brilhantes e imaginando-se nas asas. Conseguiu voar em sua imaginação.

De repente um vento forte chegou varrendo tudo que encontrava pela frente, numa velocidade impiedosa. A menina agarrou-se a uma pedra e ficou lutando contra o vento e só conseguiu levantar o corpo bem depois de tudo terminado quando chegou um helicóptero de salvamento para apanhá-la. Foi então que olhou lá para baixo - que coincidência, nas asas de um avião! - e assistiu a tragédia: Um aglomerado de gente. Estava zonza e não estava entendo direito. O helicóptero pousou e só então ela escutou a mensagem do Comandante: “8 mortos e dois desaparecidos”. E começou então a busca. O Diretor estava entre os desaparecidos. Aninha estava trêmula. Havia restos de asas por todos os lados. A ambulância chegou para prestar socorro. E Aninha chorou sua segunda decepção. Onde estaria o Diretor? Será que estava bem? Mas olhou para os corpos e sentiu uma tonteira e desmaiou. Quando se recuperou, estava no Hospital e tentou se levantar, mas estava ainda zonza e chamou a enfermeira:

- Enfermeira! Por favor!!! Pode vir aqui um instante?
- Sim? Está melhor? Sente alguma coisa?
- Estou bem. Quero saber notícias do Diretor Gusmão.

A Enfermeira calou-se pôr um instante e tentando não assustar a menina Ana, sussurrou:

- Fique calma. Ele foi encontrado, está no CTI. Estamos fazendo o possível...
- CTI? Quero vê-lo. Deixe-me vê-lo, por favor...
- Você não pode entrar lá agora. Ele foi operado de urgência. Fique calma que assim que tiver notícias venho te informar. Descanse um pouquinho, você está muito nervosa...

Neste instante entrou outra enfermeira e falou algo no ouvido da enfermeira que olhou pra Aninha sem saber o que falar

- O que houve enfermeira? Como está o Diretor? Estão falando dele não é?
- Sim, Aninha. Olha... Seja forte... você...
- Fala logo, enfermeira! O que aconteceu com o Diretor?
- Ele faleceu Aninha. Traumatismo craniano. Tentamos muito, mas tinha poucas chances de sobrevivência. Sinto muito.

E Aninha chorou sua terceira decepção. Naquele momento todos os seus sonhos viravam pó. Saiu do quarto onde se achava e tentou olhar o Diretor, mas não a deixaram. Sentia que morria junto com ele todos os seus sonhos de menina. Nunca mais iria esquecer o Diretor, Nunca mais. Nem as asas.

Aninha saiu do Hospital, olhou pro céu e pensou: As asas levaram Ícaro. As asas que tanto sonhei e que queria experimentar. Nunca mais quero saber de asas...e continuou a falar com os céus: “Obrigado, Senhor, por cortar minhas asas...

Foi pra Escola e ficou olhando a cadeira de seu Diretor. Não chorou mais. Tinha certeza que ele não gostaria que ela chorasse. Podia até ouvir sua voz forte e carinhosa: “Vamos lá, aninha! Quero você em primeiro lugar. Sei que consegue. Sorria, vamos! Estou “apostando em você”.

Fechou a porta. Nunca mais esqueceria o Diretor Gusmão, nem olharia mais pras asas.



quarta-feira, 25 de agosto de 2010

GHOST WRITER: Rivalidade Feminina

GHOST WRITER: Rivalidade Feminina: "http://downloads.open4group.com/wallpapers/1024x768/rivalidade-feminina-14940.html Já faz algum tempo que venho pesquisando sobre o compor..."

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Rivalidade Feminina




Já faz algum tempo que venho pesquisando sobre o comportamento masculino em relação a outros homens no sentido de rivalidade. Na verdade, o que tenho visto é um tipo de “clã” ou uma sociedade secreta onde as mulheres não entram. Eles não comentam conosco sobre os outros homens, enquanto vemos muitas mulheres falando mal de outras mulheres e apresentando um comportamento típico de forte competição.



Se eles falam, é só entre eles; não compartilham com as mulheres, que fazem questão de apontar os defeitos das outras e fazem questão de depreciar as que se sobressaem, como forma de denegrir a imagem daquelas que se destacam.


Nesta minha busca, encontrei artigos da Profª e Consultora Empresarial do Instituto KVT, Maristela Guimarães , assuntos que abordam a questão da rivalidade feminina.


Segundo ela, Em épocas ancestrais as mulheres viviam muito unidas, pois tinham a consciência de que a força do elo era o que sustentava a força feminina para ela se manter firme e cada vez mais forte. Desta forma, a sustentação da união era uma missão de comprometimento entre as mulheres e, também, um ponto que as unia e fortalecia. Porém, houve um tempo que isto mudou e o elo entre as mulheres foi rompido e com isto a força feminina fragmentou-se, pois uma força necessita de união, caso contrário ela se descaracteriza como força, pois ela se perde como se esvaísse.


Até hoje as próprias mulheres falam que não são unidas, que é difícil lidar com as mulheres e que também não são confiáveis. Tudo isto vem de crenças e de valores negativos contra a própria mulher e que por séculos determinou que a evolução feminina caminhasse por um caminho de opressão, limitação em todos os sentidos, dor e sofrimento. A mulher também foi educada para ser muito reservada em relação à sua intimidade de forma que, mesmo vivendo em grupo aprendeu a ser distante das demais, fortalecendo ainda mais a desunião feminina. Há bem pouco tempo ainda era parte de uma educação mais refinada a mulher não compartilhar sua vida e suas dificuldades com outras mulheres até mesmo do círculo familiar. Infelizmente, com esta desunião as mulheres desenvolveram um comportamento de competição e de rivalidade entre elas e, na atualidade, já não são mais tão reservadas quanto antes, muito ao contrário, passaram de um extremo para o outro. As mulheres hoje levam a fama de: falarem demais; serem fofoqueiras; serem invejosas; sentirem ciúmes das demais mulheres; competirem entre si; chamarem a atenção para si; falarem mal das outras; inventarem mentiras sobre as outras; serem mais unidas aos homens, e preferirem a força masculina à feminina, etc. isto é muito interessante, pois é como se a mulher visse na outra uma oponente, inimiga, realmente uma rival a qual ela necessita estar sempre atenta para não ser atacada ou prejudicada de alguma forma.


Felizmente, estas regras não se aplicam a todas as mulheres. Aqui são apresentadas apenas as tendências e da incidência destas em relação ao todo feminino, o que caracteriza a rivalidade e a competição entre as mulheres. Este comportamento é inerente à imaturidade emocional, visão muito pobre sobre si mesma, auto-imagens frágeis o que leva ao não reconhecimento de si mesma. Desta forma, a mulher sente necessidade de destruir a outra nem que seja somente para si mesma.


A Profª Maristela frisa que estes pequenos exemplos são muito comuns e acontece com bastante freqüência mesmo que nos incomode e nos pareça impossível disso existir desta forma. Segundo ela, não há mais tempo para esta desunião e que o feminino está pedindo o retorno do elo entre as mulheres. Findando suas explicações comportamentais ela nos remete a pensar na questão com uma pergunta: “Você acredita que as mulheres têm capacidade para se unirem novamente e sustentarem a força feminina com dignidade, união e amor verdadeiros? Ela acredita que sim e eu, também. E você? O que acha?


Rose de Castro
Escritora. Ghost Writer e Poeta



segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Brasil em Chamas


transamazonica.blogspot.com/2008/09/3-dia-pal...

Brasil em Chamas


Especialistas em clima referem-se o problema das queimadas, onde o principal autor desta façanha é o deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP) redator da Proposta de mudança da Lei com sua reforma no Código florestal. Esta lei determina a ocupação do solo brasileiro. Nesta proposta descarada, perdoam-se os desmatadores. É o que afirma Adalberto Veríssimo, pesquisador do Homem e Meio Ambiente da Amazônia.

No inverno as chuvas cessam, a terra fica seca e os pastos viram combustíveis potentes. Ao iniciar as queimadas pelos agricultores em suas propriedades ou em áreas invadidas, elas saem do controle e queimam outras áreas.

As queimadas são usadas há milhares de anos para limpar o solo na agricultura de subsistência. O drama atual é que o fogo virou um instrumento para transformar florestas em pastagens. Esses incêndios lançam na atmosfera gases que contribuem para o aquecimento global.

Os cientistas explicam que se a seca continuar, os focos de calor tendem a se espalhar mais ainda. O outro problema refere-se a nuances econômicas. O aumento da demanda por etanol, grãos e carne podem estar fazendo crescer a procura por novas terras. Em geral, os agricultores usam o fogo para limpar as áreas de plantio.

Com esta proposta que tramita no Congresso sugerindo anistiar os responsáveis pelo desmatamento no passado e que estabelece uma moratória de cinco anos de corte de floresta no futuro, os agricultores aproveitam-se disto enquanto podem e, neste ínterim, queimada como as das margens da rodovia em palmas, no Tocantins, continuará sem punição.

Brasil em chamas! Homens sem consciência continuam com o poder nas mãos, esquecendo que a natureza cobra o que dela é retirado.

Até quando ficarão sem punição os culpados?



Rose de Castro

Escritora, Ghost Writer e Poeta







Maquiagem Egícia: Proteção do Sistema Imunológico


sacerdotisasdalua.com

Maquiagem Egípcia: Proteção do Sistema Imunológico



A maioria das pessoas não sabem que a maquiagem pesada e exibicionista usada pelos egípcios entre os anos 51 a 30 a.C, tinham uma finalidade: Ativar o sistema imunológico que combate invasores protegendo os olhos de infecções. O Coordenador do estudo, Phelippe Walter, do Centro de Pesquisas e Restauração do Museu de Paris. A presença do chumbo e do uso medicinal foi desenvolvida pelas tecnologias ancestrais desenvolvidas para aplicação na saúde e na estética. O mais importante, contudo, são considerar que certos fármacos eram utilizados para este fim como moléculas orgânicas vindas de plantas e animais.

Sabe-se que óleos feitos a partir da gordura de patos e gansos eram usados como protetor solar e cremes serviam para fazer a pintura preta em volta dos olhos, capaz de diminuir a incidência de luz do sol.

Do ponto de vista místico, acreditava-se que os deuses Horus e Ra protegiam de infecções os olhos daqueles que usavam pinturas. Um estudo recém-divulgado por pesquisadores franceses detalha como a maquiagem servia de escudo para os olhos de nobres e trabalhadores.

Embora já soubessem da presença do chumbo e do uso medicinal da maquiagem, os cientistas não conseguem explicar como uma tinta que contém um metal tóxico podia fazer bem aos egípcios.

Depois de analisar 52 amostras de potes usados para guardar pós e cremes faciais datados de quatro mil anos e preservados no Museu de Louvre, em Paris, pesquisadores encontraram quatro diferentes substâncias à base de chumbo, como a laurionita, com a ajuda de microscópios eletrônicos e aparelhos de raio X. Nos testes, esses elementos aumentaram a produção de óxido nítrico em mais de 240% em uma cultura de células de pele, preparada especialmente para o estudo.

Naquela época não havia antibióticos, por isso, os benefícios do uso do chumbo compensavam os riscos. Bactérias eram abundantes nas águas paradas que o rio Nilo deixava antes de sua cheia. Por este motivo, os egípcios usavam seus cosméticos para prevenir ou trata infecções oculares.

A produção de cosméticos e medicamentos não era, contudo, exclusividade dos egípcios antigos. Há textos descrevendo receitas para tratamento destas infecções e informações sobre o uso de maquiagem que protegiam os habitantes de Roma e da Grécia Antiga.

Walter, porém, ressalta que o caso do Egito é o primeiro exemplo conhecido de produção em larga escala.

Pesquisadores atuais buscam novas idéias e partir destes minerais usados durante milhares de anos.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Tique Taque


TIQUE TAQUE



Criação: Nonato Guimarães

Tique Taque




Sonhei que escrevia pra você. Atenta, não deixei escapar nenhum detalhe. O tempo corria; e, eu, escrevia...

O relógio no seu tique taque paciente e sóbrio, lentamente percorria seus ponteiros, como que me permitindo o prazer de estar escrevendo o que estava escrevendo. O relógio e o tique taquem. O tique taque... Tique taque... Tique taque..

O cheiro de verde respingado de frio resfriando minha narina lembrou-me algo que escrevi e tinha cheiro. Cheiro de orvalho misturado às margaridas e ao latido do meu cão.

Abri os olhos. O sol levantou mais cedo que de costume ou será que errei na hora? Busquei a carta... Da carta eu lembrava, mas o conteúdo... ah...o conteúdo? O sonho guardou em sua memória de cego e levou para o subconsciente, que sonolento e indiferente, não consegue me dizer o que estava escrito na carta.

Tique taque... Hora... Hora...

No relógio, o sonho da carta perdida em palavras...

Ainda bem que esquentou.

O frio deu um tempo.

Continua ainda no verde o tique taque da carta.

O céu vai nublando aos poucos, sem se importar se é “vero”. Sem querer saber de “lero”, bolero e o cheiro de mato da carta.

O conteúdo??

Tique Taque.

Rose de Castro

Escritora, Ghost Writer e Poeta




Pássaros de Marte

PÁSSAROS DE MARTE




Amanheceu. Abri as janelas como de costume para ver o brilho do sol e o canto dos pássaros. Que estranho... Estava tudo tão estranho... Um dia lindo de sol e não havia pássaros pendurados ao varal, nem mesmo nos fios onde costumam ficar pendurados junto às rolinhas esperando-me com suas migalhinhas de pão.


Senti um aperto no peito. Tremor. Não havia vento. As plantas estavam paradas, silenciosas, tristes; tive a impressão de vê-las chorar.

Olhei para minha planta verde e amarela que chamo de brasileirinha (porque não sei o nome dela) encontrei-a em um lugar distante e trouxe uma muda. Em pouco tempo ela tornou-se enorme.... Nessa terra tudo dá e ele se deu também. Cresceu... Cresceu... Ficou bela e faz festa na minha retina. Na terra onde semeei desabrochou o meu amor por ela.

Passei os olhos pelas roseiras e descendo os olhos localizei uma viuvinha. Também não sei o nome deste pássaro. Seu peito é branco e suas asas são pretas. Chamam-na de viuvinha. Também não sei quem inventou.. Que importa? É linda e o contraste do preto e branco torna-na mais bela.

- Olá viuvinha! Como vai? Que faz sozinha e tão cabisbaixa?

- Você não sabe? – Perguntou-me ela.

- Não... nada sei... Acordei agora. O que houve?

Os pássaros se foram para Marte.

- Para Marte? – espantei-me e insisti – Como aconteceu e por que isso?

- Ah... Descobriram que lá há gelo e atrás do gelo há água. Conheceram outras formas de vida que os apoiaram e alimentaram. Cantam e brincam soltos. Não sentem fome, pois há fartura. Não temem o homem, pois lá não habitam. Cantam, brincam, alimentam-se. Não precisam de mais nada... E o ar? Nossa... Que ar puro...

- E por isso foram embora? – Nada estava entendendo. Estava perplexa e indignada

- Claro amiga humana. Está impossível sobreviver neste lugar que chamam de Terra.

- Minha viuvinha amada... que bom que você ficou...mas...me diga... porque você resolveu ficar e não seguir seus companheiros?

- Para fazer jus ao meu nome.

Chorei. Sem meus pássaros, não me resta mais nada...


Rose de Castro

Escritora, Ghost Writer e Poeta
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