quinta-feira, 15 de maio de 2008

Doutores da Mente

Dentro da linha de raciocínio psicanalítico de Sigmund Freud, buscar o estado consciente de saúde mental seria um “ideal fictício”. Segundo o pai da psicanálise, todas as mulheres e homens nascem ou tornam-se mentalmente imperfeitos e vieram ao mundo com uma espécie de herança ou pecado psicológico e seria tão vital quanto inútil lutar para livrar-se dessa marca de nascença.
Profundo conhecedor da fragilidade e da trágica condição humana, seus textos lançaram estas questões que não se esgotarão tão cedo nas Academias.

Para derrubar a doutrina Freudiana, os novos psicólogos codinominados Doutores da Alma, lançam suas idéias e estudos a partir do positivismo. Suas teses buscam a proposta da “Saúde Mental”. Estas baseiam-se no cruzamento perfeito entre a pesquisa universitária profunda e a auto-ajuda. Em suas linhas de raciocínio a questão não é negar a conclusão de Freud de que todo mundo é neurótico. A nova proposta é não se deixar paralisar por essa conclusão do fundador da psicanálise e sim usá-la de modo mais produtivo.

Na conclusão dos “novos doutores” não é possível descobrir as causas do sofrimento neurótico se não tivermos idéia clara dos fatores que produzem a saúde mental. O caminho é longo e complexo. À luz de uma corrente cada vez mais respeitada dos estudos comportamentais, a “psicologia positiva”, os pequenos mas enervantes traços negativos da personalidade são justamente os mais fáceis de mudar em qualquer idade.

“As pessoas podem nascer com características negativas como pode ter tido uma criação que lhes incultou outras piores, mas elas não precisam passar a vida inteira se sentindo presas a essas armaduras psicológicas”. Estas são as palavras de Martins Seligma, psiquiatra americano que reavivou os princípios da psicologia positiva.

Já que o positivismo virou moda na tentativa de se modificar um destino trágico - antes dado como irremediável -. De acordo com as propostas dos novos médicos, pode-se com algum treinamento e aprendizado, interromper o processo dos que sofrem do mal da teimosia, dificuldade de relacionamento, de temperamento explosivo, os impacientes, o de frieza emotiva, os tímidos e tantos outros traços negativos de personalidade. Estes traços poderão ser atenuados e até vencidos facilmente.

Freud explica. Entretanto, de acordo com a psicologia moderna, não deve deixar-se paralisar e aceitar como definitivo a doença mental. A meta agora é simplesmente é saúde mental e para isso, é preciso unir os métodos científicos e de auto-ajuda para que se encontre a fórmula ideal para a grande descoberta de ajuda à cura através do estudo sobre o que pode ser feito para melhora do que, até então, era aceitável como uma doença fatal.


Rose de Castro
Ghost Writer e ‘POETA’

2 comentários:

  1. Sou psicóloga e quero te parabenizar pelo interesse pela Psicologia Positiva! Realmente é um campo muito rico e de muito futuro!

    Se quiser trocar sobre esse tema, me escreva. Me interesso muito!
    Fascinante poder contar com um trabalho de prevenção! A famosa resiliência que antes acreditávamos ser inerente agora pode ser desenvolvida nas crianças pelo menos!
    Poucos sabem sobre. Parabéns!
    annacarolinacastro@gmail.com

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  2. Oi, Rose, visitei teu blog Ghost Writer. Bom: lendo a biografia de muitos "poetas mortos", fiquei chocada com quantos deles morreram considerados loucos. Hoje nos beneficiamos com os estudos de Freud, seu discípulo suiço Yung e outros. Como cristã: acredito que Freud viveu até a segunda guerra mundial, pois Deus queria provar-lhe a veracidade dos seus estudos. Como simples curiosa dos estudos dele: acho que ele tem razão, todos são neuróticos. Como mãe: espero não traumatizar muito a minha filhinha de 1 ano e 4 meses, vejo nela uma futura cidadã frutífera e dona de si mesma. Beijos da Elisa Torres (do sitedepoesias).

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