domingo, 22 de março de 2009

Cartéis Dominam o México

O México vive uma crise institucional gravíssima, com cartéis dominando áreas estratégicas e assassinatos sendo banalizados. As localidades dos cartéis ficam na fronteira dos Estados Unidos, onde, no começo de março, 20 pessoas foram executadas de uma só vez em uma briga entre facções rivais na prisão.
A situação mais grave foi de cerca de 115 narcoexecuções por semana em 2008. O número alarmante tem chamado a atenção de associações internacionais de defesa dos Direitos Humanos e motivado críticas de especialistas.
As regiões dominadas por grupos criminosos, aumentam as mortes ocorridas nas desastradas operações militares. As disputas de traficantes por ponto de droga, as vinganças, ataques pessoais e tentativas de silenciar testemunhas são chamados de narcoexecuções.
A crise mexicana é resultado da política de segurança pública adotada pelo presidente Felipe Calderón.
A parceria dos Estados Unidos com o México, afastou a polícia, considerada corrupta e escalou o Exército e a Polícia Federal para a Missão. A estratégia iniciou-se em 2006 e foi chamada de Plano Mérida, assim chamado com o nome da cidade em que foi assinado o pacto com o então Presidente dos Estados Unidos,
As armas que matam no México são fabricadas nos Estados Unidos e contrabandeadas pela fronteira. Com isto, os cartéis que dominam o tráfico de drogas no país têm se aproveitado das facilidades na compra de rifles e pistolas potentes em diversos estados do país vizinho para aumentar o poder de fogo na guerra pelo controle dos territórios. A facilidade na compra de armas nos Estados Unidos faz com que pequenos comerciantes de armas abasteçam regularmente poderosos cartéis mexicanos, especialmente as de grosso calibre.
Há mais de 6.600 atuando na divisa. A estimativa da agência é de que 90% das armas apreendidas no México passaram pela fronteira.
Assim o Plano Mérida é considerado uma cópia do falido Plano Colômbia, onde a guerra contra as drogas tornou-se um verdadeiro genocídio de inocentes por parte de militares envolvidos com grupos de paramilitares.
Soldados e oficiais de olho em promoções e prêmios passaram a matar jovens pobres de periferia e classificá-los como terroristas.
Criticado pelo elevado número de mortos, o Presidente Calderón descarta qualquer mudança de estratégia e alegou que a crise é resultado do desespero das quadrilhas pela ofensiva do Estado.

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